segunda-feira, 10 de junho de 2013

O Catatônico


“Em um hospital psiquiátrico dos Estados Unidos, John Grinder e Richard Bandler – criadores da PNL (Programação Neurolingüística), seguiam a equipe de médicos enquanto estudavam os padrões de comportamento e cura de graves doentes mentais.
Conforme conta em um dos seus relatos, John observou uma porta de acesso vetada aos visitantes. Perguntou do que se tratava e descobriu que lá se encontravam casos ‘sem solução’, como o de um homem catatônico. Pessoas classificadas como catatônicas mostram-se apáticas a qualquer estímulo, ficam paralisadas por completo, abobalhadas.
John pediu permissão para entrar. Passando sozinho pela porta principal, logo deu em um salão hospitalar, com uns sofás, alguns equipamentos de fisioterapia espalhados e afins. O local, meio vazio, possuía duas cadeiras em um dos cantos.
Lá estava o homem, que há mais de seis meses não fazia absolutamente nada. Com cara de nada, olhando para baixo, meio arqueado, mudo e calado, catatônico. Seu nome era Louis. John sentou-se a 45 graus do homem, em uma cadeira próxima, de madeira com braços de poltrona, igual à dele, e ficou cerca de 35 minutos ali, catatônico como Louis. Respirava cuidadosamente junto com Luis e manteve essa condição até que se sentisse tão em sintonia com ele quanto fosse possível.
Foi então que, do nada, de repente John, com um cigarro apagado na mão, ergueu a cabeça e disse de supetão:
- Você tem fogo?
O ‘catatônico’ deu um salto na cadeira, olhou para John e disse:
- Nunca mais faça isso!
Essa foi a primeira resposta que conseguiu de Louis em meses – e foi também a base para o início de descobertas fascinantes...

Moral da história
Quando conseguimos ser humildes a ponto de entrarmos no mundo do outro, de aceitarmos o outro tão completamente que nos tornamos extensão dele próprio, reconhecemos em nós o poder da transformação, da humanidade. O outro se identifica e, assim, consegue entregar-se à possibilidade de reviver... e não sentir-se tão só num mundo onde a maioria das pessoas está morrendo de solidão.

Dica: Estenda o seu coração!

Geralmente, costumamos estender nossas mãos a quem amamos e sentimos que precisa de ajuda. Mas talvez as mãos já não sejam quentes e acolhedoras o bastante para aqueles que se encontram enclausurados dentro de si mesmos, desesperados à espera de um resgate. Nesse caso, mais do que as mãos, precisamos ser grandes o bastante para estendermos nosso coração.”



Contribuição: Leonardo Lacerda

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